sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

É possível construir de forma segura em áreas de risco?

Entre outros procedimentos, a análise do solo é essencial para assegurar a segurança da obra em cidades que apresentam grandes declives 
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Cidades com grandes declives são caracterizada por relevos acentuados, grande irrigação fluvial, índices de pluviosidade concentrada e solos com vulnerabilidade natural. Para construir nessas localidades e ao mesmo tempo aliar ações que proporcionem um desenvolvimento sustentável e seguro, as empresas devem apostar em um projeto de construção diferenciado.

A arquiteta e usuária do Redimob, Karoline Stolf, postou em seu Blog um projeto de construção de um condomínio, localizado no bairro Itoupava Central, em Blumenau (SC), justamente pelas suas características. Algumas delas são: manter o desenho natural dos lotes, com poucas intervenções de cortes e aterros; a distribuição suave de cotas de nível dos terrenos, entre outros.

Em um dos trechos do post, ela comenta: “A melhor solução seria a não ocupação de áreas de risco e desapropriação das construções existentes. Porém restariam poucas áreas habitáveis, e como promover o desenvolvimento urbano neste caso?”
A arquiteta acredita que a solução mais apropriada seria a verticalização dessas cidades. “Mas para que isso aconteça é necessário muito investimento do poder público,” argumenta.

Análise do solo é imprescindível

A Konkreta Construtora também postou sobre o assunto em seu Blog no Redimob. Segundo o sócio-diretor da empresa, Kim Mendes, para que a execução de um projeto nessas áreas não tenha problemas, é imprescindível que seja feita uma análise das propriedades do solo. “Isso deve ocorrer com o acompanhamento de um profissional, que irá analisar amostras colhidas do terreno, a disposição dos materiais que o constituem, se é um terreno arenoso ou argiloso, entre outras características,” explica.

O assistente de engenharia Luiz Fernando Burgin, também da Konkreta, atenta: “O ideal é que seja feito uma análise de laboratório, onde obtemos todos os dados para a análise da viabilidade do empreendimento, pois através desses ensaios podemos dimensionar as intervenções necessárias para assegurar a qualidade do projeto, a segurança da obra, e a manutenção da vida.”

Todo cuidado é pouco quando se trata de ocupação em áreas de risco. E fazê-lo com responsabilidade é o dever de cada profissional.

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